O crescimento e desenvolvimento de
Araquari começa a chamar a atenção das autoridades locais e levantar
questões ambientais. Pensando nisso, a Fundação Municipal do Meio
Ambiente (Fundema) resolveu agendar uma reunião com as autoridades
araquarienses para discutir a fauna e flora do município.
O encontro aconteceu na Associação
Empresarial e Agrícola de Araquari e contou com a presença de
empresários da cidade e demais autoridades. Quem marcou presença,
também, foi o Deputado Estadual Darcy de Matos e o prefeito de Araquari,
João Pedro Woitexem.
Durante a reunião, o Deputado falou da
importância da Associação Empresarial para a cidade. Segundo Darcy, a
organização dos empresários contribui para que Araquari desenvolva seu
crescimento de forma organizada. “A Associação Empresarial atua no
campo da cidadania, tem a preocupação social de desenvolvimento e
consegue perceber que alguns avanços dependem inicialmente da
organização da comunidade”, comenta. Para ele, essa parceria funciona muito bem com a Prefeitura Municipal.
O prefeito concordou e reafirmou as palavras do deputado: “Uma das questões percebidas também, pela Associação Comercial, foi o aprimoramento de nossa segurança”.
Com o crescimento da cidade, se fez necessário ampliar o corpo de
segurança do município e, João Pedro, já deu início para que isso
aconteça. O Prefeito de Araquari cedeu dois terrenos de cinco mil metros
quadrados cada para a construção da nova delegacia da polícia civil da
cidade e da sede nova do corpo de bombeiros.
Com o lema, “um futuro melhor e
crescimento sustentável para Araquari”, a reunião continuou. Atualmente
perguntas como: qual a Araquari que nós queremos, fazem parte das pautas
da cidade. O presidente da Associação Comercial também expôs sua idéia
de crescimento para Araquari. Segundo Jorge Arnaldo Laureano, presidente
da ACIAA, é necessário uma parceria: “Economia, indústrias e comércios têm que crescer em conjunto com o meio ambiente”.
Araquari é uma cidade que até 2009 tinha
sua economia baseada principalmente na agricultura e valorizava o
cultivo de arroz que era plantado na região do Guamiranga, bacia do Rio
Itapocú. Também preserva o cultivo de banana, mandioca, feijão, milho e
maracujá, fruto que deixou a cidade conhecida como a Capital Catarinense
do Maracujá.
A pecuária, também era o forte por aqui.
Com mais de sete mil cabeças de gado. E, o reflorestamento se fez como
uma opção de manter o meio ambiente conservado na cidade. Em Araquari,
foram plantados 1.840 hectares de pinus e 1.200 hectares de eucalipto,
pensando na conservação ambiental.
No Complexo Hídrico da Babitonga,
existem registros de alguns animais que estão ameaçados de extinção como
o puma e a jaguatirica. A anta, o maior mamífero terrestre do Brasil e o
veado mateiro, também são dessa região, assim como as corujas, o
gavião-pombo, o papagaio e a araponga. João Pedro enfatiza que a
preservação ambiental é uma de suas lutas: “Queremos uma Araquari
forte, com muitas empresas, com crescimento, mas sempre nos manteremos
atentos e preocupados em manter o crescimento sustentável”.
A Babitonga, se revela como uma bela
abrigada de ondas, com águas calmas e quentes, ocupando a superfície de
153.700 quilômetros quadrados, com profundidade média de seis metros.
Composto pelas bacias hidrográficas dos Rios Cubatão, Palmital,
Cachoeira e Parati. Atingindo parcialmente seis municípios (Joinville,
São Francisco do Sul, Garuva, Araquari, Itapoá e Balneário Barra do Sul.
Durante a reunião, a preocupação com a
limpeza do rio também foi comentada e para o prefeito, está mais do que
claro, a necessidade de preservação. “Araquari vive uma nova fase,
uma fase de crescimento e com eles, começamos a nos preocupar com
questões ambientais e levantar soluções para preservação”, afirma.
As feições geomorfológicas favoráveis da
cidade, associadas a uma amplitude de marés, em torno de 1,30 metros e
temperatura média do mês de 20,5 graus, proporcionaram a instalação da
mais expressiva formação de manguezais de Santa Catarina, sendo também, a
última grande ocorrência deste ecossistema para o hemisfério sul.
Os manguezais, também cumprem seu ciclo,
ao produzir enormes quantidades de matérias orgânicas, que acabam por
fertilizar suas águas. Os nutrientes provenientes dos manguezais servem
de alimento para o plâncton que forma a base de cadeias tróficas
marinhas. E é justamente esta oferta de alimento, que induziu grandes
quantidades de espécies marinhas a realizarem seus ciclos de vida.
Essa diversidade ambiental, segundo o
prefeito, já estava sendo pensada em cima do crescimento da cidade que
pode ser, dessa forma, planejado, facilitando a preservação das áreas
ambientais. E sem muitas palavras, João Pedro trouxe a frase que foi
merecedora de aplausos pelos presentes na reunião: “Em Araquari cuidamos
do meio ambiente”.
A preocupação ambiental sempre foi pauta
de João Pedro que em 2009, resolveu criar a FUNDEMA na cidade,
facilitando as negociações e liberações ambientais que antes levavam
mais tempo para serem analisadas, já que a cidade dependia da Fundação
do Meio Ambiente (FATMA). E como toda a documentação era enviada para o
Estado, o processo era mais demorado.
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