segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Compras de Natal prometem ser mais cautelosas de acordo com pesquisa

Rose Gonçalves e Brandina de Lima Machado já começam a planejar as compras de natal. Elas ainda não sabem o que vão dar de presente para os familiares, mas já tem algumas pistas: “A gente sempre opta pelo mais útil, então devo dar alguma peça de roupa”, comenta Brandina.

Rose divide a mesma ideia e diz que todos os anos, as compras sempre se voltam para essas mercadorias. Um presente que satisfaz quem ganha e de custo razoável para quem oferece.
“Se eu pudesse mesmo, eu gostaria de dar de presente para meu filho um tablete, mas eu ainda não posso pagar”, diz Rose afirmando que um dia conseguirá realizar o sonho do garoto, porém, esse ano ainda não é o momento.

Brandina conseguiu uma forma de presentear o neto com um celular, em parceria com a mãe do menino e as suaves parcelas que hoje facilitam a vida do consumidor. “Ele é o único esse ano lá de casa que vai ganhar um celular. É sempre muito estudioso e nesse natal conseguiremos comprar algo diferente”.

As duas são serventes e moram em Araquari e, como 45% dos brasileiros, segundo pesquisa da “Hello Research” pretendem manter os gastos no mesmo patamar do final de 2012. Também se encaixam nos 60% que têm a intenção de comprar roupas e sapatos.

A pesquisa aponta que sob o impacto da inflação mais elevada e o orçamento mais comprometido com outras dívidas, os brasileiros estão esse ano de 2013, mais cautelosos. Fora a porcentagem que pretende investir em compras no setor de vestuário, 19% da população ainda prefere comprar perfumes para presentear seus entes queridos.  


Apenas 4% dos pesquisados pela agência de inteligência de mercado devem gastar com produtos que custam mais, como eletrodoméstico.

A pesquisa levantou a opinião de 1.200 consumidores do país, com entrevistas realizadas pessoalmente em 70 cidades brasileiras. Na região Nordeste o levantamento apontou que a população está mais disposta a gastar. O que é explicado por causa da distribuição de renda maior nessa região e devido os programas assistenciais existentes que vêm incrementando o consumo de brasileiros de classes menos favorecidas.

O 13º salário também está sendo contado para impulsionar as compras desse ano. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) já tem uma projeção de R$2,8 bilhões de reais na economia brasileira projetados sob o pagamento da antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos bancários.

Já o 13° salário dos metalúrgicos do Brasil deve injetar R$2,1 bilhão de reais na economia. Números ainda considerados baixos na economia. Em 2012, o varejo cresceu 8,4% segundo dados do IBGE. Neste ano, os economistas preveem um percentual bem menor, variando de 4% e 4,5%.  Mesmo assim, na casa de Brandina e Rose o “papai Noel” não vai deixar de levar uma lembrancinha.


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