Rose Gonçalves e Brandina de Lima
Machado já começam a planejar as compras de natal. Elas ainda não sabem o que
vão dar de presente para os familiares, mas já tem algumas pistas: “A gente
sempre opta pelo mais útil, então devo dar alguma peça de roupa”, comenta
Brandina.
Rose divide a mesma ideia e diz que
todos os anos, as compras sempre se voltam para essas mercadorias. Um presente
que satisfaz quem ganha e de custo razoável para quem oferece.
“Se eu pudesse mesmo, eu gostaria de
dar de presente para meu filho um tablete, mas eu ainda não posso pagar”, diz
Rose afirmando que um dia conseguirá realizar o sonho do garoto, porém, esse
ano ainda não é o momento.
Brandina conseguiu uma forma de
presentear o neto com um celular, em parceria com a mãe do menino e as suaves
parcelas que hoje facilitam a vida do consumidor. “Ele é o único esse ano lá de
casa que vai ganhar um celular. É sempre muito estudioso e nesse natal conseguiremos
comprar algo diferente”.
As duas são serventes e moram em
Araquari e, como 45% dos brasileiros, segundo pesquisa da “Hello Research”
pretendem manter os gastos no mesmo patamar do final de 2012. Também se
encaixam nos 60% que têm a intenção de comprar roupas e sapatos.
A pesquisa aponta que sob o impacto
da inflação mais elevada e o orçamento mais comprometido com outras dívidas, os
brasileiros estão esse ano de 2013, mais cautelosos. Fora a porcentagem que
pretende investir em compras no setor de vestuário, 19% da população ainda
prefere comprar perfumes para presentear seus entes queridos.
Apenas 4% dos pesquisados pela
agência de inteligência de mercado devem gastar com produtos que custam mais,
como eletrodoméstico.
A pesquisa levantou a opinião de 1.200
consumidores do país, com entrevistas realizadas pessoalmente em 70 cidades
brasileiras. Na região Nordeste o levantamento apontou que a população está
mais disposta a gastar. O que é explicado por causa da distribuição de renda
maior nessa região e devido os programas assistenciais existentes que vêm
incrementando o consumo de brasileiros de classes menos favorecidas.
O 13º salário também está sendo
contado para impulsionar as compras desse ano. O Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) já tem uma projeção de R$2,8
bilhões de reais na economia brasileira projetados sob o pagamento da
antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos bancários.
Já o 13° salário dos metalúrgicos do
Brasil deve injetar R$2,1 bilhão de reais na economia. Números ainda
considerados baixos na economia. Em 2012, o varejo cresceu 8,4% segundo dados
do IBGE. Neste ano, os economistas preveem um percentual bem menor, variando de
4% e 4,5%. Mesmo assim, na casa de
Brandina e Rose o “papai Noel” não vai deixar de levar uma lembrancinha.
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