Esse é o 7º ano que a Secretaria da Educação e a Associação Casa de Cultura Abassa Inkise Nzazi (ACCAIA) se reúnem para aplicar o Curso de Formação para Professores com o objetivo de trabalhar a história e cultura africana, afro brasileira e indígena.
“Nós levantamos as questões históricas e culturais dos povos inseridos no tema do curso para que o professor leve isso para a sala de aula, o que já está previsto por lei”, comenta Alaíde Honorato da Silva, presidente da ACAAIA.
O curso deve acontecer de 30 de setembro a 3 de outubro das 8h às 17h, no auditório do Instituto Federal Catarinense de Araquari, com sede na Rodovia BR 280, km27. A Abertura será realizada no dia 29 de setembro, às 19h, na sede da ACCAIA, localizada na rua Arildo José Silva, 99, no bairro Itinga.
As escolas do município já vinham trabalhando o tema, mas, o advento da lei 10.639/03, alterada pela lei 11.645/08, torna obrigatório o ensino da história e cultura afro brasileira e africana, em todas as escolas públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio.
“A lei propõem novas diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura desses povos. Os professores devem ressaltar em sala de aula essa cultura como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na qual os negros são considerados como sujeitos históricos, valorizando-se o pensamento de ideias, culturas e religiões”, diz Alaíde.
Com a lei, também foi instituído o dia Nacional da Consciência Negra, como 20 de novembro, em homenagem ao dia da morte do líder quilombola negro Zumbi dos Palmares. Esse dia é marcado pela luta contra o preconceito racial no Brasil. Para Alaíde a proposta é que o ensinamento sobre a cultura africana, afro brasileira e indígena se integre ao currículo culto das escolas.
“Então, esta questão tem de deixar de ser uma coisa pontual e festiva. A cultura tem que ser tratada como uma ação educacional, como uma questão de organização social. A cultura, neste momento, é extremamente importante, e ela tem que perpassar todo o processo educacional”.
O curso terá um custo de R$100 e para os professores do município de Araquari custará R$70, já com o almoço incluído, devido a parceria com a Secretaria da Educação.
“O nosso objetivo é dar a oportunidade para nossos professores estarem inseridos neste curso e que possam buscar esses conhecimentos para auxiliá-los em sala de aula. É algo que já vínhamos trabalhando, mas que ainda precisamos reforçar e aperfeiçoar em nossas escolas”, diz José Lino de Souza Filho, secretário da Educação.
Confira a programação:
29/9 – das 19h às 22h
Dalzira Maria Aparecida – Yagunã
Tema: Os saberes do candomblé na contemporaneidade/ Intolerância religiosa.
30/9 – das 8h às 12h e das 13h às 17h
Professor/ Doutor: Salomão Jovino da Silva
Tema: 11 anos da Lei 10639, avanços e desafios
01/10 – das 8h às 12h e das 13h às 17h
Jeruse Romão
Tema: Identidade negra em terras catarinenses – diferentes enfoques
02/10 – das 8h às 12h e das 13h às 17h
Dra Ana Lúcia Vulfe Nötzold
Tema: História e cultura indígena | memória e identidade na perspectiva da etno-história
03/10 das 8h às 12h e das 13h às 17h
Ms Geraldo Luís da Silva
Tema: Oficina de fazer nação: a escola como espaço de aprendizagem e vivência do sentido de alteridade
Valor da inscrição: R$100
Valor da inscrição para professores da rede municipal de Araquari: R$70
Informações: (47) 3454 5772 / 9662 7303 / 9162 7303
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