sexta-feira, 9 de maio de 2014

Moradores do Linguado participam de curso para criação de frango caipira


Leonardo da Silva é morador da aldeia Ivapuru de Araquari e ele é um dos participantes do Curso de Criação de Frango Caipira que está sendo oferecido pela Prefeitura de Araquari, por meio da Secretaria da Agricultura e em parceria com o Sindicato Rural dos Trabalhadores e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
 
O objetivo de Leonardo é claro: “Eu quero aprender aqui para poder implantar depois na aldeia em que moro”, diz. Na Ivapuru vivem 22 índios que hoje não trabalham com criação de animais, mas que se depender de Leonardo e dos outros quatro representantes que estão no curso, não vai demorar muito para que iniciem os serviços. “Eu quero que seja parte de nossa fonte de renda e consumo”.
 
Ele não é único que pensa dessa forma, Vera Maria Carvalho, professora aposentada do Instituto Federal Catarinense de Araquari, após 30 anos de serviços decidiu com sua aposentadoria sair de Joinville e vir morar na área rural de Araquari, onde pretende transformar sua casa em um centrinho agro ecológico.
 
 “A ideia é fazer da minha casa um lugar onde os estudantes possam vir aprender ecologia. Eu já tenho uma horta, algumas plantações e as galinhas vão compor esse cenário, além de ser também, uma fonte de consumo e renda”, conta.
 
A área do terreno de Vera comporta 75 galinhas, mas inicialmente, ela pensa em ter no máximo 30 para se habituar primeiro às aves. Durante o curso, além de aprenderem a fazer o espaço onde as aves devem ficar, os comedouros, e demais materiais necessários para a criação do frango, eles aprendem a usar materiais recicláveis como canos, bambus ou mesmo, galões velhos. “É uma boa forma de economizar”, diz Vera.
 
A casa de Verá é a sala de aula e as mesas da área de festa são as carteiras. Já o terreno é todo o espaço onde os alunos, após aprenderem a teoria vão partir para a aula prática. “No curso as alunos aprendem o manejo, a fazer as instalações, a controlar as doenças e também a fazer a demarcação de piquetes de pastagem”, informa Flávia Nunes, técnica agrícola da secretaria de Agricultura.
 
Esse é o segundo curso realizado pela Prefeitura e acontece em três dias. Hilário Vili Tambosi participou da primeira edição, organizou as instalações em sua chácara com as técnicas que aprendeu no curso, usando materiais recicláveis, começou com 30 aves e hoje tem 210 frangos.
 
A estufa aquece 60 ovos, e enquanto espera os pintinhos nascerem segue com seus trabalhos. “Desses 60 ovos, geralmente nascem 50 pintinhos e a gente vende o lote assim, de 50”, comenta. Hoje, os frangos já são fonte de renda e consumo para ele e a família.
 
Cada etapa da criação tem seu cantinho. É a estufa onde ficam os ovos, a caixa onde ficam os pintinhos recém nascidos e aquecidos, um espaço na lateral para os maiores e a assim vai seguindo a ordem. “Um frango pronto para o consumo tem 150 dias e chega a pesar até 3 quilos”, diz. Quanto à comida, ele nem se preocupa com os gastos com ração, pois, o frango caipira come frutas, sementes e insetos.
 

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